terça-feira, 20 de setembro de 2011

NADA

Nada como fumar um cigarro alheio pela manhã
Caminhando sob o sol nascente
Esquentando o corpo dormente
E seguindo inconsciente em frente
Mais um na população

Nada como de repente
Perceber o que as coisas realmente são
Nada é em vão
Tudo segue eternamente
A vida é apenas confusão

Nada como respirar fundo
E sentar
Se acalmar em meio ao mundo
Encontrar sua solidão

Nada como te olharem
E ao seu observar, te analisarem
E ao seu ignorar, te recriminarem
E sorrir em meio à tamanha decepção

Nada como ser o que os outros não são
E se sentir estranho sob olhares de reprovação

Nada como olhar ao redor e não entender nada
Sentir apenas que alguma coisa esta errada
E mesmo assim
Se fascinar pela própria indignação
Sentir o caos em propagação
E chorar lágrimas abafadas

Nada como depois de uma boa tragada
Levantar sob o sol e seguir a caminhada
Após uma breve reflexão


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